Jornada Mundial da Juventude

JMJ: Onde dormem os peregrinos? Paróquias e famílias estão preparadas para acolher

São mais de oito mil famílias que se inscreveram para acolher qualquer jovem que esteja inscrito para a vinda do Papa a Lisboa e, caso algo aconteça, a equipa logística da JMJ tem um plano B.

SIC Notícias

Mais de oito mil famílias estão neste momento certificadas pela Jornada Mundial da Juventude para receber peregrinos durante o evento.
As inscrições continuam abertas. A organização garante que se alguma família desistir em cima da hora, há sempre um plano alternativo para os peregrinos não ficarem sem alojamento.

Onde vão os peregrinos dormir? É a prioridade em todas as Jornadas.

Há espaços públicos, como escolas ou ginásios, com capacidade para acolher grandes grupos ou espaços privados, como famílias de acolhimento que se voluntariam.

No entanto, tem de se assegurar que as casas destas famílias realmente existem e, existindo, tem de se ter a certeza que têm condições.

"Muitas vezes, porque os próprios membros da paróquia ou o pároco conhece diretamente a família e aí é um conhecimento direto e consegue certificá-lo dessa forma, para aqueles que eventualmente não haja esse conhecimento direto os COPs fizeram uma visita à família e conheceram a família, conheceram as pessoas para poder depois certificar" explicou o Padre Paulo Franco da direção logística da JMJ.

Os chamados COPs, ou Comités Organizadores Paroquiais têm, portanto, um papel fundamental.

Mesmo durante a Jornada, as paróquias servem como ponto de apoio para resolver qualquer problema dos peregrinos.

"Os peregrinos não precisam de grandes condições, os peregrinos precisam, como nós costumamos dizer, de dois metros quadrados de chão onde estendam a sua esteira e os seu saco de cama, uma instalação sanitária e que a família se disponha a oferecer-lhes o pequeno-almoço", referiu.

E se a família não tiver condições para dar pequeno-almoço, as paróquias asseguram esta alimentação. Havendo alguma contrariedade de última hora, alguma família que desista de acolher peregrinos, a organização da JMJ garante também que há sempre um plano B.

"Exatamente para que, se existir alguma contrariedade, o peregrino não fique sem uma possibilidade de pernoita, isso pode até acontecer, não por má-fé, mas por acidente, imaginemos que uma família teve um cano rebentado e ficou sem instalações sanitárias naquelas semana, se calhar tem de se mover esses peregrinos para outra família e portanto tem sempre de haver aqui uma margem para contingência, para defender as condições", explicou o Padre Paulo.

Para já, continuam abertas as inscrições para famílias de acolhimento pelo menos por mais uma semana. Neste momento, há cerca de oito mil famílias certificadas.

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