Jornada Mundial da Juventude

Moedas dá "corpo às balas" e questiona: "Os portugueses querem ou não o Papa em Lisboa?"

O presidente da Câmara de Lisboa diz que, em relação à Jornadas Mundiais da Juventude, fará "tudo o que for vontade do Presidente da República e da Igreja". Carlos Moedas admite que a sua maior preocupação sempre foi "limitar custos" e garante que a sua autarquia não vai gastar mais do que 35 milhões de euros.

Mariana Teófilo da Cruz

A 186 dias do início da Jornada Mundial da Juventude, Carlos Moedas afirma que se tem "que ir para frente" e que Portugal tem "que ser um país com ambição".

Em declarações após um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e ao mesmo tempo que o presidente da Jornada Mundial da Juventude dava uma conferência, disse aos jornalistas que a sua maior preocupação era "limitar custos", pelo que voltou a reforçar que a Câmara de Lisboa não vai pagar mais do que 35 milhões de euros.

Carlos Moedas explica que são feitas "reuniões técnicas com todas as entidade e portanto todas elas estão informadas" relativamente a custos, mas também afirma que assume "qualquer responsabilidade".

“Eu dou o corpo às balas. (...) Assumo as responsabilidades que tiver que assumir.”

"Os portugueses querem ou não o Papa no maior evento de sempre em Lisboa?"

Carlos Moedas questiona: "Os portugueses querem ou não o Papa no maior evento de sempre em Lisboa?". E responde: "Eu quero muito e vou fazer tudo por isso".

Volta a dizer que poderia "ter feito aquilo que era a lei, uma adjudicação direta", mas foram consultadas diferentes empresas. Ainda assim, admite que o "projeto pode evoluir e ter maior eficiência". Questionado se é possível reduzir custos, responde: "Eu não sei se é possível, o que sei é que é preciso continuar trabalhar".

"Foi Carlos Moedas que chegou aqui, que não tinha absolutamente nada feito neste projeto, não havia nada. Portanto, quando os senhores jornalistas me perguntam sobre um concurso público, eu poderia ter feito se as coisas tivessem sido feitas. Mas quando chega um presidente da câmara que está cá há um ano tenho que acelerar, porque não vou falhar."

Confrontado com a possibilidade de existirem soluções mais baratas para o altar-palco, Carlos Moedas considera que "é muito triste que além responsável venha apresentar números errados". Admite ainda que não conhece tal projeto e que não vai entrar em polémicas.

O presidente da Câmara de Lisboa assegura que fará "tudo o que for vontade do Presidente da República e da Igreja".

Altar-palco tem de ser visto como um “investimento”

Quanto ao preço do altar-palco, considera que tem de ser visto como um “investimento” com retorno económico, utilizando como exemplo da Jornada Mundial de Madrid, onde o retorno económico foi de "350 milhões de euros".

"Esse retorno é na nossa economia e o que é a visibilidade da cidade."

A promessa deixada por Moedas é que no arranque das jornadas “vai estar tudo pronto”, acrescentando que vão estar "mais de 190 países a olhar para Portugal", que será o "centro do mundo naquele momento".

“Lisboa vai ser o centro do mundo e isso tem um valor enorme para nós. (...) Toda aquela zona do Trancão vai ficar para futuro, acreditem que vai ser evento extraordinário para Lisboa.”

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