“Não basta dizerem-nos que há um enorme retorno e que fica para o futuro. Fica para quê? Expliquem-nos. (…) A Câmara de Lisboa - e o Governo também - têm que explicar para que servirá a seguir”, afirmou.
Numa análise na SIC Notícias sobre o custo do altar e respetivas fundações para as Jornadas Mundiais de Juventude que acontecem em agosto, em Lisboa, Bernardo Ferrão disse que ficam por apurar os requisitos que foram colocados às empresas que apresentaram propostas para a obra.
“Há muitas questões por explicar, desde logo perceber o que foi colocado à partida para que as propostas apresentassem esses valores e há uma proposta que foi até aos 18 milhões de euros”, continuou, acrescentando que é normal que cause estupefação e debate.
Referiu ainda que Lisboa soube em 2019 que ia receber as Jornadas Mundiais da Juventude e que, apesar da pandemia, agora “passa-se a ideia que é preciso apressar e fazer tudo muito rapidamente porque em agosto está aí o Papa".
O palco que servirá de altar ao Papa Francisco, durante as Jornadas Mundiais da Juventude, pode vir a custar o dobro do que foi inicialmente orçamentado pela Câmara de Lisboa.
Com nove metros de altura, o palco que vai ser erguido no Parque Tejo vai custar mais de quatro milhões de euros à Câmara de Lisboa. À fatura acresce, 1,063 milhões de euros, que são destinados às fundações da estrutura. Ambas as obras foram entregue por ajuste direto às construtoras Mota-Engil e Oliveiras, respetivamente.