A ministra do Ambiente visita Arganil, esta terça-feira, para uma primeira avaliação dos estragos do incêndio. Perderam-se plantações e floresta. Sobraram apenas as habitações. O fogo está em fase de rescaldo e é o que tem a maior área ardida de sempre, em Portugal.
Já não se pisa um ramo verde. O incêndio que deflagrou no Piódão só 11 dias depois entrou em fase de resolução e consumiu quase 64,5 mil hectares.
Na memória as populações têm gravados os momentos de aflição. Quando as chamas, tocadas a vento forte, passaram por Pardieiros, no dia 15 de agosto, juntaram-se todos num pavilhão.
“Tiraram-me de cá, com medo de eu morrer aqui assada”, afirma uma habitante. “Fiquei tranquila, por não estar no meio do perigo, mas também me sentia triste, com medo [do que podia acontecer] com a minha casa.”
“É pedir a Deus que não volte tão depressa”, expressa.
O incêndio afetou também os concelhos de Pampilhosa da Serra, Oliveira do Hospital, Seia, Fundão e Covilhã. Este é o incêndio que apresenta a maior área ardida de sempre, em Portugal.
Balocas foi outra aldeia que também foi cercada pelas chamas, apesar de ter tomado todas as precauções - limpou todo o terreno, deixando apenas árvores de fruto. Mas de pouco valeu. Ardeu uma escola devoluta, vários anexos agrícolas e casas de segunda habitação.
A ministra do Ambiente, que está, esta terça-feira, de visita à região, faz o primeiro balanço dos prejuízos.