O secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, justificou esta terça-feira à noite, em entrevista à SIC Notícias, a decisão do executivo de não voltar a renovar a situação de alerta "prolongada" que vigorava desde dia 2 de agosto. Em causa a descida das temperaturas aos níveis "habituais" deste período.
Segundo o secretário de Estado, a descida das temperaturas associada ao aumento da humidade são razão suficiente para não se renovar a medida que impunha uma série de proibições em razão do risco.
"Temos consciência que já estamos num período prolongado [de situação de alerta] e que também tem consequências do ponto de vista de algumas atividades que ficam condicionadas", aponta Rui Rocha.
Para os próximos dias, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê uma redução das temperaturas, sendo mais significativa no Alentejo e no Algarve.
Esta quarta-feira, as previsões apontam para um "céu pouco nublado ou limpo, com mais nebulosidade até ao meio da manhã, podendo ocorrer chuvisco no litoral oeste". Está ainda previsto "vento forte na faixa costeira ocidental e terras altas". As máximas andarão na ordem dos 30 graus, sendo Castelo Branco e Évora os distritos mais quentes, já as mínimas estarão entre os 11 e os 19 graus.
Já na quinta-feira, a previsão é de céu pouco nublado ou limpo, com mais nebulosidade até ao meio da manhã no litoral Centro e vento "por vezes forte na faixa costeira ocidental e terras altas" e uma ligeira subida das temperaturas face a quarta-feira.
As temperaturas máximas não deverão ultrapassar os 34 graus, sendo Évora o distrito que atingirá os 34 graus, e as mínimas andarão entre os 11 e os 18 graus.
Esta mudança nas condições meteorológicas poderá representar uma janela de oportunidade no combate aos incêndios, sendo o de Arganil o mais preocupante. No entanto, as autoridades alertam que esta descida não deve ser motivo para baixar a guarda.