O incêndio de Ponte da Barca começou a 26 de julho, num sábado à noite, em Parada, Lindoso. Só foi controlado ao fim de uma semana e obrigou à evacuação de várias aldeias.
Na Ermida, em Sobredo, na Paradela, a população obedeceu por mais de uma noite ao toque dos sinos, sinal para o recolher em local seguro. As Igrejas e um centro escolar foram refúgio de mais de 150 pessoas.
Ardeu uma habitação devoluta, o fogo consumiu armazéns agrícolas, palheiros e uma extensa área de pasto.
O impacto foi também brutal para o turismo na região, um arranque negro da melhor época do ano.
O incêndio de Ponte da Barca consumiu mais de 7.500 hectares, quase seis mil da área ardida são do Parque Nacional Peneda-Gerês, números ainda provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Perdas incalculáveis para os ecossistemas de montanha, que demoram anos a regenerar e cuja estratégia para prevenir e preservar é tema de discussão que está longe de reunir consenso.
O Plano Municipal de Emergência da Proteção Civil de Ponte da Barca só foi desativado na última quinta-feira. Numa visita às zonas mais afetadas pelo fogo, o Governo garantiu ajuda para breve.
Nos casos mais dramáticos, a autarquia terá luz verde para avançar com dinheiro para alimentar os animais. Estão previstas verbas para prejuízos avultados acima de 10 mil euros, em que será necessário fazer prova documental. Abaixo desse valor, ficou prometido apoio direto e expedito para setembro.