Incêndios em Portugal

Vila Pouca de Aguiar: “não conseguimos adotar estratégia de combate nenhuma com os poucos meios que temos aqui”

O fogo começou na segunda-feira em Vila Pouca de Aguiar já galgou para o concelho de Vila Real e ameaça o Parque Natural do Alvão. Os bombeiros e os autarcas dos dois concelhos dizem que três incêndios ardem ardem livres por falta de meios e que pouco mais podem fazer do que defender casas.

João Tiago

Manuela Carneiro

Miguel Costa

Luís Silva

Com a falta de meios, foram populares a defender a aldeia de Covelo. Ficaram os que tinham forças para enfrentar a ameaça. Os outros, cerca de meia dúzia, abandonaram a aldeia, encravada entre os concelhos de Vila Pouca de Aguiar e de Vila Real.

“Quando chegámos foi um pânico muito forte, foi aterrorizante. Ainda ontem lá na aldeia arderam casas, foi muito mau”, relata Odina Lagoa, moradora do Covelo.

O esforço não impediu que o fogo, que lavra há dois dias, entrasse no concelho de Vila Real. Uma projeção sobre a nacional 2 foi o que bastou para trazer sobressalto à Samardã. Defendem-se casas, mas o fogo arde livre pelas serras, com o Parque Natural do Alvão no horizonte.

“Com este vento e com estas temperaturas é muito difícil parar o incêndio sem ajuda de meios aéreos. Pedimos há mais de duas horas meios aéreos, ainda nada nos foi dito. O que achamos estranho é que tendo aqui um aeródromo a pouco mais de ⅘ minutos os meios aéreos sejam deslocados para todo o lado menos para este local que é vital”, diz Rui Santos, presidente da Câmara Municipal de Vila Real.   

Teme-se fogo para vários dias. Três incêndios descontrolados. Eram 8 frentes pela manhã, ainda mais durante a tarde.Se tivéssemos meios aéreos quando solicitado isto tinha-se resolvido. Nós não conseguimos adotar estratégia de combate nenhuma com os poucos meios que temos aqui”, explica Hugo Silva, comandante dos bombeiros de Vila Pouca de Aguiar.

Para trás, fica pelo menos uma casa ardida, várias estruturas rurais destruídas e já cinco bombeiros feridos.

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