O Representante da República na Região Autónoma da Madeira, Ireneu Cabral Barreto disse, esta segunda-feira, que Marcelo Rebelo de Sousa irá visitar a ilha, mas ainda não sabe a data.
“O sr. Presidente da República pediu-me que viesse cá com esses objetivos e prometeu-me que cá vinha. Não temos datas, não temos ainda objetivos, não sabemos se o Presidente da República virá fazer uma visita que já fez aos Açores, uma visita a todos os concelhos”, explica Ireneu Cabral Barreto, representante da República na Madeira.
Ireneu Cabral Barreto está esta segunda-feira a realizar várias visitas na Madeira para agradecer e mostrar solidariedade com todos aqueles que “de uma forma direta ou indiretamente” estiveram envolvidos ou combateram o incêndio que começou a de agosto.
“Eu venho cá em nome do sr. Presidente da República e em meu nome pessoal com dois objetivos. O primeiro de agradecer a todos aqueles que de uma forma direta ou indiretamente combateram os incêndios. Segundo objetivo, estar solidários com todos aqueles que sofreram direta ou indiretamente com os incêndios”.
Sobre as decisões que foram tomadas pelo Governo Regional na condução do combate ao incêndio, o representante da República responde que respeita as escolhas que foram tomadas.
“Não percebo nada de incêndios, não percebo nada do combate a incêndios e respeito aqueles que têm de tomar decisões nessa área. Se as decisões foram bem tomadas, oportunamente tomadas, não é a mim que me compete dizer.”
Defende, ainda, que na Madeira, o Governo depende exclusivamente da Assembleia Legislativa, e que o Presidente da República não pode demitir o Governo Regional.
“Respeito as leis da democracia, eu tinha um Governo que tinha assento sustentável na Assembleia, perante um Governo que tem uma maioria que o sustenta na Assembleia, eu tenho que nomeá-lo, eu não tenho decisão para respeitar ou não respeitar um Governo. O Governo depende exclusivamente da Assembleia Legislativa, nem o representante da República, nem o Sr. Presidente da República podem demitir o Governo.”
Esta segunda-feira, o responsável da Proteção Civil disse à agência Lusa que o incêndio "está completamente dominado", mas como existem "alguns pontos quentes" poderá repetir-se o que aconteceu no domingo, com um reacendimento que "foi facilmente debelado, até porque estava numa zona onde tudo à volta tinha ardido".