O incêndio em Ourém continua com duas frentes ativas, fez uma progressão de 1.250 metros por hora, devido ao vento e tem no terreno mais de 600 operacionais.
O comandante da Proteção Civil David Lobato indicou que um dos setores do incêndio já estava em resolução, mas que os outros ainda estão por controlar. No terreno, além de 603 operacionais e 203 meios aéreos, estão cinco máquinas de rasto.
"As ações estão a correr favoráveis, mas vai ser uma noite extremamente complicada. Vamos esperar que as condições meteorológicas nos consigam dar alguma ajuda", disse David Lobato.
Uma das frentes ativas poderá entrar em resolução "durante as próximas duas a três horas". Outra das frentes, "virada para Caxarias, ainda dá alguma preocupação", admitiu David Lobato, ao revelar que este foi um "incêndio de vento, com sete a dez quilómetros de extensão".
"As condições meteorológicas estão a decorrer favoravelmente com a entrada de alguma humidade. Não temos praticamente vento e vai-se manter assim durante a noite. Vamos aproveitar para conseguir resolver esta situação" e para dar o incêndio em resolução durante a manhã.
David Lobato ressalvou que "ainda é cedo" para fazer previsões, uma vez que "ainda há muito trabalho para fazer e podem acontecer muitas coisas".
Embora as chamas tenham estado em zona de floresta, houve um dos flancos que se encaminhou para perto de uma zona habitacional, pelo que as autoridades tiveram de evacuar uma habitação e deslocadas seis pessoas.
"Houve alturas de algum pânico, mas não tivemos nenhuma situação de casa a arder. Preventivamente evacuámos a casa, porque as pessoas não estavam confortáveis, mas não houve nenhuma situação critica ou de acidente", insistiu o comandante.
De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o fogo deflagrou pelas 18:33, no Estreito, freguesia de Urqueira, em Ourém.