Incêndios em Portugal

Falhas no SIRESP: "Se utilizaram os seus telemóveis, fizeram-no por espontânea e livre vontade"

José Luís Carneiro sai em defesa da capacidade de resposta do SIRESP e garante que não houve falhas na rede.

SIC Notícias

O ministro da Administração Interna reconhece que ocorreram picos de congestionamento, mas garante que o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP) não falhou nos incêndios de Leiria. À SIC, também o presidente do SIRESP assegura que a rede funcionou em pleno. Mas quem esteve no terreno, insiste que houve falhas constantes que obrigaram os bombeiros a recorrer aos telemóveis pessoais.

Há duas versões que não batem certo, sobre o que aconteceu nos incêndios que assolaram o distrito de Leiria no início de julho – altura em que o país entrou em situação de contingência. Quem esteve no terreno dá conta de falhas constantes na rede SIRESP; na versão do Governo, o que houve foi uma sucessão de picos de congestionamento, mas sem falhas a registar na rede.

O Ministério da Administração Interna sai em defesa da capacidade de resposta do SIRESP e acrescenta que se houve bombeiros a recorrer a telemóveis pessoais para comunicar no teatro de operações, foi porque quiseram e não porque precisassem.

Em entrevista à SIC Notícias, o presidente do SIRESP subscreve a garantia de eficácia. Apesar das certezas de quem gere o sistema, quem trabalha com esta rede avisa que o SIRESP é uma ferramenta obsoleta.

A Associação de Técnicos de Segurança e Proteção Civil defende ainda que a rede SIRESP não pode ser encarada como um cliente dependente de uma única operadora e deve ser pensada como uma verdadeira rede de emergência.

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