Guerra Rússia-Ucrânia

Ataque russo foi uma "espécie de aviso" aos europeus: "não se aproximem, não venham para aqui"

Para o especialista em assuntos europeus, Henrique Burnay, há duas coisas a reter com este ataque. Por um lado, "a Rússia não está interessada em negociações de paz", por outro é um aviso aos europeus que estão esta quinta-feira a discutir garantias de segurança para a Ucrânia.

SIC Notícias

Um ataque russo em larga escala atingiu vários bairros da cidade de Kiev, matando mais de uma dezena de pessoas. Durante a madrugada, todas as regiões da Ucrânia estiveram sob alerta de ataque aéreo. No total, a Rússia lançou quase 600 drones e mais de 30 mísseis.

Para o especialista em assuntos europeus, Henrique Burnay, há duas coisas a reter com este ataque. Por um lado, "a Rússia não está interessada em negociações de paz", por outro é um aviso aos europeus que estão esta quinta-feira a discutir garantias de segurança para a Ucrânia.

"É preciso perceber que é feito durante a noite, portanto para garantir que não há nenhuma vítima", começa por dizer Henrique Burnay. A Rússia "ao fazer o ataque às instalações da União Europeia em Kiev, escolhendo o dia em que os europeus vão estar reunidos a discutir as garantias de segurança, está-lhes a recordar que se meterem no tema das garantias de segurança e que estiverem no terreno, arriscam ser alvos militares".

"É uma espécie de aviso, não se aproximem, não venham para aqui. O que torna muito complicada a discussão sobre as garantias de segurança. E, portanto, isto é um exemplo do que é que poderia de facto acontecer, ou do que é que pode de facto acontecer, se a Europa tiver tropas no terreno para dar as tais garantias de segurança à Ucrânia, que é serem atacadas".

Foi o primeiro grande ataque combinado russo a Kiev em semanas, enquanto os Estados Unidos lideram os esforços de paz.

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