Entre casas em ruína, prédios destruídos e vestígios de mísseis, apenas uma voz se faz ouvir em Marinka, no leste da Ucrânia. Galina deixou o lar a 17 de setembro de 2022 e regressou quase três anos depois a uma cidade fantasma.
Voltou para reconstruir a casa da qual resta muito pouco. É, por estes dias, a única moradora conhecida de Marinka. Antes da guerra, cerca de 10 mil pessoas chamavam-lhe casa. Galina diz ter sobrevivido a um bombardeamento quase por milagre não divino, mas felino.
"A Dashka salvou-me a vida. Sim, a gata. Ainda era pequena. Tentou fugir de mim e não conseguiu, e depois começou o bombardeamento. Fui atrás dela até à cave, para onde ela se tinha escondido, e sobrevivi", conta.
Marinka, na região de Donetsk, está desde dezembro de 2023 sob controlo russo, tal como acontece com cerca de 70% desta região. Nesta sexta-feira, renasceu a hipótese de um cessar-fogo entre os dois países.
Na Bielorrússia, Vladimir Putin declarou que está disponível para uma nova ronda de negociações de paz com a Ucrânia, possivelmente em Istambul.