Guerra Rússia-Ucrânia

Sumy chora vítimas do ataque a civis mais mortífero do ano e teme novos bombardeamentos

O dia 13 de abril de 2025 ficará gravado na memória coletiva dos moradores de Sumy. Mais de 30 pessoas morreram e 119 feridos, incluindo várias crianças.

Iryna Shev

No dia em que Sumy se despediu das vítimas do ataque a civis mais mortífero do ano na Ucrânia, o presidente da câmara diz que a cidade tem sido alvo de ataques com uma frequência crescente, alertando para a necessidade de redobrar os cuidados.

Os últimos dias têm sido de despedidas difíceis, cruéis e carregadas de luto.

Entre as 35 vítimas mortais do ataque ocorrido no domingo está a família Martinenko: o pai, a mãe e o pequeno Maxim, de apenas 11 anos.

"O Max tinha uma boa perspectiva de se tornar num grande jogador de futebol. Parecia que ele tinha nascido para aquilo. Desde pequeno, tinha sempre muita energia. Era assim! Era tudo para o futebol."

Segundo quem conhecia o menino, Maxim tinha muito medo das explosões. Morreu abraçado à mãe.

"Consegue imaginar como o coração dela se deve ter despedaçado, o coração de uma mãe, quando percebe que algo terrível..."

Naquele domingo de Ramos, após a missa, Maxim e os pais passeavam pela cidade. Pouco depois, foram apanhados no epicentro do ataque.

O luto generalizou-se. Nos cemitérios de Sumy, as vítimas vão sendo enterradas uma após a outra. Em lágrimas, os familiares despedem-se de Liudmila, enquanto, mesmo ao lado, o marido de Yulia olha para ela uma última vez.

O dia 13 de abril de 2025 ficará gravado na memória coletiva dos moradores de Sumy, onde se mantém o o medo e a incerteza.

O autarca local teme que ataques como este se repitam e apela à ajuda da comunidade internacional. A entrevista à SIC acabou interrompida por um alerta de míssil.

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