O exército ucraniano capturou dois chineses a combater pela Rússia. Os dois homens encontrados na região de Donetsk pertenciam a um grupo de seis soldados. Kiev não revelou o paradeiro dos restantes. Volodymyr Zelensky acusa o Presidente russo de estar à procura de aliados e de não querer acabar com a guerra. Zelensky acrescente que a Ucrânia está a combater contra diferentes países.
"Há claramente uma tentativa que começa a chegar ao desespero de Zelensky de ter mais tropas no terreno. Ou seja, o problema fundamental de Zelensky, obviamente além da mudança estratégica da orientação dos Estados Unidos para se alinhar com a Rússia em vez de estar alinhado com a Ucrânia, tirando isso, que é uma mudança estratégica fundamental, o seu problema já era, antes dessa mudança, uma questão de homens. Há muito pouco pessoal na Ucrânia para manter as unidades que tem, para manter a linha de frente que tem e para continuar a fazer a guerra. E, portanto, aquilo que ele está a tentar fazer é, quase desesperadamente, fazer com que, além de lhe passarem equipamento militar, financiamento, garantias de segurança aos seus aliados, nomeadamente os europeus, hajam tropas no terreno", considera Daniel Pinéu.
Na opinião do comentador da SIC, "vir dizer que há chineses a lutar na Ucrânia, não quer dizer absolutamente nada, porque o que ele está a equacionar é a existência de cidadãos chineses como a participação chinesa na guerra. Se isso fosse verdade, Portugal está na guerra porque há cidadãos portugueses que foram lutar ao lado dos ucranianos na Ucrânia, como britânicos, holandeses, alemães, polacos, suecos, finlandeses".
Daniel Pinéu sublinha que por haver cidadãos estrangeiros a combater na Ucrânia, isso não significa necessariamente que os seus países de origem estão envolvidos diretamente na guerra, "se assim fosse estaríamos numa espécie de guerra mundial com uma aliança com outros países", realça.