O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, esteve na Casa Branca, onde deixou rasgados elogios ao anfitrião, Donald Trump e ao "espantoso rearmamento europeu em curso". Em resposta, ouviu o Presidente norte-americano reclamar os louros pelo fortalecimento da Aliança, ameaçando também que os Estados Unidos não vão defender os aliados da NATO se não cumprirem as metas de despesas militares.
A possibilidade do enfraquecimento ou até desmembramento da NATO tem sido discutida nos últimos anos, mas para o coronel Carlos Mendes Dias essa hipótese não faz sentido, porque a Aliança mantém uma importância estratégica vital tanto para os Estados Unidos como para a Europa.
“Não me parece que interesse mesmo aos Estados Unidos [abandonar, fazer cair ou permitir o desmembramento da NATO]. Os norte-americanos precisam de uma plataforma no sistema asiático onde estar, uma plataforma formal, e partilhar também esses custos. O que nós chamamos de laço transatlântico mantém para os Estados Unidos perfeita utilidade e para nós que estamos no outro lado do Atlântico, exatamente a mesma coisa, porque só daquele lado onde estão os Estados Unidos e o Canadá é que se encontram recursos e outras coisas necessárias de facto a que a NATO também se possa constituir como elemento dissuasor, porque o seguinte não interessa a nenhum dos lados, em primeiro lugar, e segundo, a NATO obviamente mantém nesta altura, toda a utilidade".
Este é um dos temas em análise no habitual explicador do Jornal do Dia, por volta das 13:45, com o coronel Carlos Mendes Dias.