Guerra Rússia-Ucrânia

Ministros da UE discutem garantias de defesa a dar à Ucrânia no pós-guerra

As garantias de segurança que a Europa pode dar à Ucrânia no pós-guerra continuam a ser discutidas pelos líderes europeus. Mas numa reunião de ministros da defesa, em Paris, ficou claro que o envio de militares para vigiar um acordo de paz continua a provocar divisão.

Guilherme Monteiro

Depois de americanos e ucranianos proporem à Rússia uma pausa nas hostilidade de um mês, o ministro da defesa de França recebeu esta quarta-feira os homólogos dos países europeus com os exércitos mais poderosos. O Reino Unido e Itália, mas também Polónia e Alemanha. 

Mas se esse cessar-fogo se confirmar, os europeus já tiveram provas de que daí em diante estarão sozinhos para proteger a Ucrânia frente à Rússia. 

Para dar cartas a Kiev, esta reunião em Paris, discutiu o que fornecer à Ucrânia para que, caso aceite um acordo de paz, não volte mais a ser atacada pela Rússia. 

A vontade de franceses e britânicos é enviar militares que vigiem a paz, mas a ideia já rejeitada por Itália está longe de gerar consenso. É demasiado caricaturado e simplificado à unica questão da presença de tropas em território ucraniano 

“Nesta fase, cerca de 15 países estão interessados em prosseguir este processo e refletir sobre ele. É complexo, como já disse muitas vezes à imprensa francesa”, disse Sebastian Lecornu, ministro da defesa de França. 

Consensual aqui foi dizer não à desmilitarização da Ucrânia, uma exigência da Rússia, mas que os poderosos da Europa garantem que não irão permitir. Afinal, dizem, o exército ucraniano é a maior garantia de segurança que Kiev tem. 

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