Ataques russos mataram, pelo menos, doze pessoas no leste da Ucrânia na sexta-feira, de acordo várias fontes locais, um dia depois de um ataque maciço com drones e mísseis contra as infraestruturas energéticas do país.
"Ao fim da tarde, os russos atacaram o centro de Dobropillia", uma cidade da região de Donetsk. "Pelo menos 11 pessoas foram mortas e 30 outras ficaram feridas", e nove edifícios foram danificados, informaram os serviços de emergência na rede social Telegram.
As autoridades regionais tinham anunciado anteriormente um número inicial de 4 mortos.
Na região de Kharkiv, também no leste da Ucrânia, um drone atingiu uma empresa na cidade de Bogodoukhiv, informou Oleg Sinogoubov, chefe da administração militar regional.
"Infelizmente, uma pessoa foi morta, o seu corpo carbonizado foi recuperado dos escombros e está a decorrer um exame forense. Sete outras pessoas ficaram feridas", escreveu no Telegram.
O ministro russo da Defesa anunciou que 31 drones russos foram intercetados durante esta noite.
Um ataque de drones teve como alvo a refinaria de Kirichi, na região de Leninegrado, segundo Aleksandr Drozdenko, governador da região.
"As forças de defesa aérea abateram um drone que se aproximava e destruíram outro sobre a empresa. A estrutura externa de um dos tanques foi danificada pela queda de detritos", disse o responsável no Telegram.
Na sexta-feira, a Rússia lançou um ataque maciço com drones e mísseis contra infraestruturas energéticas da Ucrânia, provocando uma forte reação de Donald Trump.
"À luz do facto de a Rússia estar atualmente a 'pilotar' a Ucrânia no campo de batalha, estou a considerar fortemente sanções bancárias em grande escala, sanções e tarifas contra a Rússia até que um cessar-fogo e um acordo de paz final sejam alcançados", escreveu o presidente dos EUA na sua rede social Truth.
Washington suspendeu "temporariamente" o acesso da Ucrânia às suas imagens espaciais na sexta-feira, anunciou um porta-voz da Agência Nacional de Informação Geoespacial (NGI).
O diretor da CIA, John Ratcliffe, já tinha confirmado na quarta-feira que a transmissão de informações à Ucrânia tinha sido congelada.
Para o exército ucraniano, os serviços secretos americanos são tão importantes como o equipamento militar na luta contra a ofensiva russa.