Guerra Rússia-Ucrânia

"Continuamos e continuaremos de pé": a resistência ucraniana dura há três anos

A 24 de fevereiro de 2022, tropas russas invadiram a Ucrânia. Mais de 1.000 dias de guerra, milhares de civis perderam a vida. Hoje, três anos depois, o dia é de tributos e de mensagens fortes que chegam da Europa.

Pedro Miguel Costa

A invasão da Ucrânia aconteceu há precisamente três anos, a 24 de fevereiro de 2022, e o momento é de divisão entre Estados Unidos e Europa. Depois dos ataques de Trump ao Presidente ucraniano, as duas principais figuras da União Europeia (UE) foram a Kiev garantir apoio.

Três anos depois de Vladimir Putin chegar sem aviso, os líderes europeus, acompanhados por Justin Trudeau, entram em Kiev para dizer aos ucranianos que não os deixam sozinhos. Especialmente num momento em que uma das maiores aliadas do país, a administração norte-americana, ao passar para as mãos de Trump parece ter passado para o lado de Moscovo.

Europa ao lado da Ucrânia

As palavras não deixaram, por isso de atravessar o Atlântico nas várias entrelinhas.

“Não haverá negociações credíveis e bem-sucedidas nem paz duradoura sem a Ucrânia e sem a União Europeia. A UE está preparada para fazer o que for preciso para garantir a sua segurança e para continuar a apoiar a Ucrânia”, garantiu António Costa, presidente do Conselho Europeu.

“Os russos não conseguiram destruir-nos em 300 anos. Tentaram, mas não conseguiram”

Os que estão em Kiev para um aniversário que poucos queriam comemorar prometem continuar a apoiar os ucranianos que, três anos depois, insistem em desafiar o adversário.

“A Ucrânia não é um país que possa ser conquistado em três dias. Os russos não conseguiram destruir-nos em 300 anos. Tentaram, mas não conseguiram. Mantivemo-nos de pé e continuaremos a manter”, afirma Yevhenia Bondini, residente na capital ucraniana.

O conflito mais mortífero desde a II Guerra Mundial

No dia em que se recordam os que a guerra levou, desfiam-se os números: quase um milhão e meio de soldados terão morrido, somando as perdas de lado a lado. Treze mil civis perderam igualmente a vida nos últimos três anos, neste conflito.

Nenhuma guerra pós-Segunda Guerra Mundial teve tantas vítimas mortais como a da Ucrânia.

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