Poucas horas após o anúncio britânico, a Rússia e o Irão firmaram um tratado de parceria estratégica global, abrangendo diversas áreas como cultura, comércio e educação. No entanto, é a cooperação militar entre os dois países que tem gerado maior preocupação no Ocidente.
Os drones iranianos e os mísseis balísticos fornecidos a Moscovo já eram alvo de fortes críticas, mas alguns analistas temem que, em troca, a Rússia possa ajudar a reforçar o programa nuclear iraniano. Durante a assinatura do acordo, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou:
"O acordo que temos sobre a central nuclear está a avançar bem, e os detalhes serão finalizados e colocados em prática em breve."
Em resposta ao acordo de parceria entre o Reino Unido e a Ucrânia, o Kremlin disse estar preocupado com a possibilidade de ter bases militares britânicas no território ucraniano no período pós-guerra.
"O Mar de Azov é, de facto, um mar interno da Rússia, e não há espaço para cooperação entre a Ucrânia e o Reino Unido nessa região", disse o porta-voz russo, Dmitry Peskov.
À medida que a guerra na Ucrânia se aproxima dos três anos, tanto Moscovo quanto Kiev intensificam as operações militares para ganhar vantagem antes de possíveis negociações de paz.
As forças ucranianas enfrentam intensos combates na região russa de Kursk, enquanto a Rússia continua a avançar em Donetsk e a atingir a infraestrutura energética da Ucrânia com bombardeamentos. Um ataque russo à cidade de Kryvyi Rig fez, pelo menos, quatro mortos e sete feridos.
De acordo com um relatório da ONU, o número de vítimas civis na guerra aumentou 30% em 2024 em relação ao ano anterior.