A embaixada portuguesa em Kiev foi atingida num ataque russo esta madrugada. Marcelo Rebelo de Sousa diz que houve uma violação do Direito Internacional
"Não se pode dizer que tenha sido um míssil dirigido contra a embaixada, mas teve efeitos. Objetivamente houve, fruto do ataque russo, danos e foi atingido território português em plena Ucrânia", referiu o Presidente da República.
A decisão de chamar um representante russo ao Ministério dos Negócios Estrangeiros foi concertada entre o ministro, o primeiro-ministro e o Presidente da República.
O Presidente da República considerou hoje os danos na embaixada portuguesa em Kiev provocados por ataques russos constituem um precedente de violação do direito internacional perante o qual Portugal se viu obrigado a reagir com firmeza.
"Portugal não tinha outra solução se não reagir, e reagir com firmeza e imediatamente, porque é um precedente que se traduz numa violação de regras de direito internacional".
No total foram seis as missões diplomáticas atingidas na capital ucraniana.
Governo "condena de forma veemente os ataques" e apresentará protesto formal à Rússia
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros "condena de forma veemente os ataques desta madrugada a Kiev, que causaram danos materiais em diversas missões diplomáticas, incluindo a chancelaria da Embaixada de Portugal".
Além disso, o encarregado de negócios da Federação Russa "foi já chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para que seja apresentado um protesto formal junto da Federação Russa", acrescentou o Palácio das Necessidades.
A diplomacia portuguesa considera "absolutamente inaceitável que qualquer ataque possa visar ou ter impacto em zonas de instalações diplomática".