Guerra Rússia-Ucrânia

Rússia coloca mísseis na Ásia? Soa a "escalada e ameaça" mas pode ser só a "retórica habitual" do Kremlin

Donald Trump estará "muito preocupado" com o agravamento da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e com a "direção que está a tomar".

Pedro Cordeiro

Pedro Cordeiro, editor de internacional do Expresso, considera que a intenção de a Rússia colocar mísseis de médio e curto alcance na Ásia pode soar a "escalada e ameaça", mas poderá ser a "retórica habitual" do Kremlin. Sobre as possíveis tréguas entre Israel e o Líbano, mostra-se cético.

O Governo de Israel deverá discutir tréguas com o Hezbollah no Líbano. Contudo, o editor de internacional do Expresso diz-se "cético" em achar que vai haver um acordo de cessar-fogo.

"Já vimos tantas vezes esforços de mediadores como os Estados Unidos e até noticias de que uma das partes está disposta a aceitar e depois vem a outra e recusa. Até ao dia em que me disserem que Israel e o Hezbollah ou Israel e o Hamas acordaram um cessar-fogo vou sempre ser cético", refere.

Em relação ao fim da guerra na Ucrânia com a ajuda de Trump, como o próprio prometeu na companha, Pedro Cordeiro esclarece que o republicano disse que, em vez de "estar a canalizar recursos indefinitivamente", é preciso "sentar as partes à mesa".

O jornalista do Expresso acredita que terá de haver, pelo menos, uma aceitação do congelamento da situação no terreno. Aliás, lembra que, apesar de "duro e injusto", mais de metade da população da Ucrânia é a favor da cedência de território.

Donald Trump tem estado "muito preocupado" com o agravamento da guerra na Ucrânia, garante o futuro conselheiro para a Segurança Nacional. "Precisamos de levar isto a um fim responsável, precisamos restaurar a dissuasão, restaurar a paz e antecipar esta escalada em vez de responder a ela”, diz Mike Waltz.

Já sobre a intenção de a Rússia colocar mísseis de médio e curto alcance na Ásia, considera que é um "tom preocupante" que soa a "escalada e ameaça", contudo, pode ser a "retórica habitual" do Kremlin a querer descrever a Rússia como um "país atacado ou cercado por inimigos" e um "aviso aos Estados da vizinhança".

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