O Presidente da Rússia volta a acusar o Ocidente de escalar o conflito e confirma que o ataque a Dnipro foi uma resposta ao uso de mísseis de longo alcance norte-americanos e britânicos contra o território russo.
Vladimir Putin ameaça atacar bases militares que forneçam armas utilizadas pela Ucrânia contra a Rússia. “Este é um aviso muito claro do Presidente Putin”, afirma Ricardo Alexandre, sublinhando a gravidade da situação.
"Estes momentos são propícios a incidentes e os incidentes depois assumem de proporções de gravidade que não poderiam não ter noutras alturas. E estamos num momento que é para ser levado a sério. Não digo que a Rússia não vai atacar com armas nucleares nenhum país ocidental, nem tão pouco a Ucrânia, porque obviamente que isso seria dar um passo na destruição mutuamente assegurada, segundo reza a doutrina, mas é de facto, um momento muito sério, muito dramático nas relações internacionais".
No terreno de combate, não estamos noutra fase operacional, a Rússia continua a progredir na parte leste da Ucrânia, "com pesadas perdas de ambos os lados e à custa de muita ‘carne para canhão’, a Rússia tem conseguido avançar no terreno.”
“A libertação de restrições ao uso de armas norte-americanas em território russo pode introduzir algumas nuances, mas não muda o tabuleiro do jogo.(...) “Estamos a semanas de uma mudança de administração nos Estados Unidos. É claro que a administração Biden pensou neste timing para reiterar o apoio inequívoco à Ucrânia até ao fim.”
A guerra de palavras num nível alarmante e torna-se ainda mais preocupante quando estamos a semanas da mudança de de administração nos Estados Unidos e "não podemos ser ingénuos ao ponto de ignorar que a Administração Biden pensou nisso e acertou isso para este momento, ou seja, não será necessariamente para prejudicar a ação da próxima administração, é principalmente para mostrar que esta Administração Biden está com a Ucrânia até ao fim e quer reiterar o apoio inequívoco à Ucrânia até ao fim".
Tribunal Penal Internacional emite mandado de captura contra Benjamin Netanyahu
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de captura contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o que lhe restringe os movimentos.
"Benjamim Netanyahu está nesta altura como Vladimir Putin e provavelmente é onde deve estar. Não podemos ter dois pesos e duas medidas para este tipo de questões. Israel respondeu a algo que foi uma selvajaria e um crime contra a humanidade (...), mas Israel cometeu os crimes que cometeu em Gaza, usou a fome como arma de guerra, não há grandes dúvidas em relação a isso. Aquilo que o Tribunal fez foi, 6 meses depois, dar seguimento àquilo que eram as indicações do Procurador Khan.
Esta decisão “isola Israel no contexto internacional e coloca pressão sobre o próximo governo norte-americano quanto à sua política de apoio a Israel.”