Nesta reportagem do 60 minutos, da CBS, Vladimir Kara-Murza, um dos 24 libertados na maior troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente na era pós-soviética, agradece a liberdade a Joe Biden e Olaf Scholz, os arquietos do acordo.
No entanto, antes de deixar o local, Vladimir Kara-Murza foi ameçado pelos agentes russos:
“Um grande grupo de agentes entrou de rompante na minha cela, a meio da noite. Não sabia o que estava a acontecer (…) Um deles disse ”tem cuidado com o que comes, sabes como estas coisas acontecem".
Depois, um diplomata entrou no estabelecimento. Com um telemóvel na mão, disse que “o Presidente dos EUA estava na linha”.
“Uma coisa é falar sobre a proteção da liberdade ou dos direitos humanos, outra é fazer algo para os proteger. O Presidente Biden e o chanceler alemão serão recordados por isto daqui a muitos anos”, exclama Vladimir Kara-Murza.
Vladimir Kara-Murz está agora nos Estados Unidos com a família, mas sabe que viverá sempre com um sentimento de insegurança.
“Ele [Vladimir Putin] não é apenas um ditador, não é apenas um líder autoritário, não é apenas um homem forte. Ele é um assassino”.