Guerra Rússia-Ucrânia

Kiev e Moscovo em tribunal: "É simbólico e muito relevante mas a Rússia vai fazer tudo para tornar inócuo"

O comentador da SIC Germano Almeida salienta a importância deste processo mas lembra que "estamos no meio de uma guerra, a Rússia é uma ditadura que está a perpetrar esta guerra e não será levada a parar a guerra por causa da decisão do tribunal".

Germano Almeida

SIC Notícias

Estão previstas para esta segunda-feira as primeiras audições da Rússia e da Ucrânia no Tribunal Internacional de Justiça por causa da invasão da Rússia na Ucrânia.

O Tribunal Internacional de Justiça é um órgão da ONU que foi criado após a II Guerra Mundial para resolver disputas entre Estados Membros das Nações Unidas. As suas decisões são vinculativas, mas mesmo que haja uma condenação, nada indica que seja cumprida.

“O grande problema é que o Tribunal não dispõe de meios para as fazer cumprir”, explica Germano Almeida, salientando que “a Rússia vai fazer tudo para tornar tudo inócuo”.

O comentador da SIC não tem dúvida de que é importante haver este tipo de processos e é importante que haja sentenças.

“É muito relevante que um poder como a Rússia seja levado à Justiça perante este caso que a Ucrânia levanta”.

Mas "estamos no meio de uma guerra, a Rússia é uma ditadura que está a perpetrar esta guerra e não será levada a parar a guerra por causa da decisão do tribunal".

Assembleia Geral da ONU

O primeiro dia de debate geral anual desta 78.ª sessão da Assembleia Geral da ONU será na terça-feira. A reunião é marcada pela discussão do acordo de cereais e eventual retoma deste acordo, mas as exigências da Rússia não deverão ser aceites pelos países ocidentais.

“É relevante que Guterres não desista disso e aproveite a presença de Zelensky e de Lavrov e também do Presidente turco para reunir, pelo menos individualmente, com cada um deles”.

Esta Assembleia Geral da ONU tem também outros pontos importante, como as tensões geopolíticas, o que a crise climática, a questão da inteligência artificial.

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