Em plena guerra da Ucrânia, a comunidade internacional está preocupada com o encontro entre os presidentes da Rússia e da Coreia do Norte. Kim Jong-un regressou a casa, depois de seis dias de visita, em que prometeu apoio incondicional a Moscovo. Teme-se que este apoio inclua o fornecimento de armas.
As últimas imagens de Kim Jong-un na Rússia mostram um líder de regresso a casa, com sorrisos e acenos, numa cerimónia de despedida, com pompa e circunstância, a encerrar a visita de quase uma semana que teve como ponto alto o encontro com Vladimir Putin, a quem o lider norte-coreano prometeu apoio incondicional.
Durante a estadia de seis dias, Kim visitou importantes instalações militares e tecnológicas, esteve no Cosmódromo de Vostochny, onde a Rússia constrói os sistemas de lançamentos de foguetões para satélites, tecnologia muito cobiçada pela Coreia do Norte que, só este ano, já falhou duas tentativas para colocar um satélite no espaço.
Acompanhado pelo ministro da Defesa da Rússia, inspecionou ainda navios de guerra, mísseis hipersónicos e bombardeiros estratégicos com capacidade nuclear.
O Kremlin garante que não foram assinados acordos, mas o ocidente não esconde a preocupação com a possível transferência de armas entre os dois países, cada vez mais isolados e sancionados.
Washington já advertiu Pyongyang que pagará um preço alto, se contribuir para o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia.