Guerra Rússia-Ucrânia

Urânio empobrecido é "fundamental" para Ucrânia: "Tem problemas? Tem. É motivo para não as usar? Não"

Germano Almeida, comentador da SIC, considera que a Rússia está a exagerar ao comparar munições de urânio empobrecido a armas nucleares. Realça que, ao contrário das bombas de fragmentação, não há tratados de proibição, é apenas desaconselhado.

Germano Almeida

Germano Almeida, comentador da SIC, considera um exagero a Rússia comparar as munições de urânio empobrecido a armas nucleares e esclarece que, neste momento, são essenciais para a Ucrânia, face à invasão da Rússia. Na SIC Notícias, diz que a visita de Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, veio reforçar o apoio dos Estados Unidos a Kiev.

Na opinião do comentador da SIC, a Rússia está a aproveitar-se da questão do urânio empobrecido para "escalar a guerra".

"Estas munições vão ser fundamentais para a Ucrânia. Têm problemas? Tem. Isso é motivo para não as usar? Não é", afirma.

Associar as munições de urânio empobrecido às armas nucleares é um exagero, considera, acrescentando que, ao contrário das bombas de fragmentação, não há tratados de proibição, é apenas desaconselhado.

Na Edição da Manhã, explica que o urânio empobrecido é 60% a 70% menos forte ou radiativo que o urânio natural:

"O risco não está na radioatividade, mas na toxicidade, ou seja, depois de usadas libertam um pó suja inalação, se for feita logo a seguir e muito perto dos blindados, tem risco para a saúde humana".

Os EUA anunciaram, na quinta-feira, um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, no valor de 175 milhões de dólares, que inclui, pela primeira vez, munições com urânio empobrecido, de calibre 120 milímetros, destinadas aos tanques Abrams.

Sobre a visita do chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, considera que foi muito importante e que passou a mensagem de que os Estados Unidos vão continuar a apoiar a Ucrânia.

Germano Almeida destaca ainda que o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, foi muito claro na quinta-feira sobre os avanços na contraofensiva da Ucrânia.

Enquanto Kiev não receber os F-16, a sua dimensão aérea é com drones, tanto em solo russo como em território ocupados, aponta ainda o comentador da SIC.

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