Depois da saída do ministro da Defesa ucraniano Reznikov, aprovada na manhã desta terça-feira no Parlamento ucraniano, o seu homólogo russo, Sergei Shoigu, definiu a contraofensiva da Ucrânia como mal sucedida.
“O regime de Kiev, apesar das enormes perdas, está a tentar conduzir uma alegada contraofensiva há três meses. As Forças Armadas da Ucrânia não atingiram os seus objetivos em nenhuma das frentes”, referiu o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu.
A declaração de Shoigu ocorreu um dia depois da vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, ter dito que as tropas ucranianas reconquistaram cerca de três quilómetros quadrados de território ao redor da cidade de Bakhmut, no leste do país. A governante afirmou ainda que estavam a avançar no sul.
Saída do ministro da Defesa
O Parlamento ucraniano aprovou a saída do ministro da Defesa. As mudanças ocorrem numa altura em que Kiev diz ter avançado na contraofensiva, que a Rússia já veio descrever como “mal sucedida”.
O ministério da Defesa da Rússia diz que as forças abateram pelo menos três drones lançados pela Ucrânia que tinham como alvo a capital do país.
Os dois principais aeroportos de Moscovo retomaram as operações depois de uma suspensão temporária do tráfego durante a manhã. Foram cancelados ou adiados 50 voos.
Esta intensificação dos ataques ucranianos ocorre numa altura em que Kiev se prepara para uma grande remodelação no Ministério da Defesa.
Acordo dos cereais
No entrave dos cereais, o presidente turco, Erdogan, acredita que em breve serão alcançados bons resultados para a retomada do acordo que permitia a exportação dos produtos da Ucrânia.
O líder turco anunciou que pretende discutir o assunto com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres.
No encontro desta segunda-feira entre Erdogan e Putin, a Rússia voltou a impor condições para relançar o acordo. Quer incluir o banco agrícola russo no sistema financeiro internacional para facilitar as exportações russas e seguro para os navios utilizados no transporte.