Terminada a visita do Presidente da República à Ucrânia, o jornal online Observador conta que Volodymyr Zelensky recusou receber pessoalmente a condecoração do Grande-Colar da Ordem da Liberdade, que Marcelo levava na bagagem.
Mas não foi, porém, esta a versão do Presidente Marcelo nas declarações aos jornalistas, pouco antes de abandonar a Ucrânia.
Na Rua Khreshchatyk, a mais conhecida de Kiev, o chefe de Estado garantiu que Zelensky “recebeu, obviamente”, mas, acrescentou, “foi numa cerimónia não pública” e que se realizou “de maneira discreta”.
Acontece que, avança esta sexta-feira o Observador, a cerimónia não se realizou porque o Presidente ucraniano tem por princípio não receber qualquer condecoração em tempo de guerra.
O Grande-Colar da Ordem da Liberdade terá sido, sim, entregue pelos serviços diplomáticos portugueses aos serviços do Governo ucraniano, e não diretamente pelo Presidente português ao homólogo ucraniano.
A explicação de Marcelo
Já as duas versões estavam a circular - a de Zenlensky e de Marcelo -, quando foi publicada no site da Presidência da República uma nota com o título “Condecoração do Presidente Zelensky”.
Nela consta a informação de que foi há “mais de um ano” que o Presidente Marcelo decidiu condecorar o Presidente Zelensky com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade. E sobre a cerimónia?
O chefe de Estado revela que “as insígnias foram entregues esta semana em Kiev, por via protocolar, tendo o Presidente Zelensky sublinhado que homenageia a luta do povo ucraniano, e não em cerimónia pública de imposição de insígnias: trata-se de uma fórmula também usual em visitas de Estado”.
A nota termina com a indicação de que “o alvará de concessão só é publicado em Diário da República depois da entrega das insígnias”.
[Notícia atualizada às 21:38]