A visita de Marcelo Rebelo de Sousa a Kiev acontece em dias festivos para a Ucrânia. Esta quarta-feira celebra-se o Dia da Bandeira e, na quinta, o Dia da Ucrânia. José Milhazes, comentador da SIC, lembra que Marcelo já queria ir à Ucrânia há muito tempo e considera que esta visita é um “claro sinal de solidariedade” para com o país.
“Em relação a Portugal, é um claro sinal de solidariedade com a Ucrânia. E parece que não só, porque Portugal vai, dentro das suas possibilidades, continuar a fornecer algum material de guerra à Ucrânia”, explica Milhazes.
Entre os apoios de Portugal à Ucrânia estão o treino de pilotos e mecânicos para os aviões caça F-16 e a desminagem do Mar Negro. Além disso, Marcelo comprometeu-se também na investigação aos alegados crimes de guerra em Bucha. No entanto, Milhazes lembra que as forças armadas portuguesas "estão a passar um período muito complicado” e que os meios disponíveis “são muito parcos em relação ao que os outros países europeus têm”.
“Não há dinheiro suficiente para manter umas forças armadas normais. Até já dizem que há mais oficiais que soldados, daí que nós até poderíamos fazer mais, mas estamos limitados”, lamenta Milhazes, lembrando iniciativas civis que continuam a enviar regularmente bens para a Ucrânia
A importância do Dia da Ucrânia e do Dia da Bandeira
Os dias festivos são, segundo Milhazes, importantes “do ponto de vista psicológico e do ponto de vista da propaganda interna e externa”. O comentador da SIC lembra que a bandeira da Ucrânia já tem vários séculos, mas nem sempre pode ser erguida.
“A bandeira azul e amarela começou a ser utilizada no século XIII. Depois, no século XX, durante um pequeno período em que a Ucrânia, ou parte da Ucrânia, teve independência. Durante a época Soviética ia-se para a cadeia por causa desta bandeira e só a partir de 1991 é que se tornou a bandeira oficial da Ucrânia.”
Marcelo Rebelo de Sousa tem um encontro combinado com o Presidente Volodymyr Zelensky para esta quinta-feira – Dia da Ucrânia. No entanto, outros Chefes de Estado deverão viajar até Kiev para mostrar solidariedade com o país, nomeadamente o Presidente da Lituânia e a Presidente da Moldávia.