O ataque deste sábado a Chernihiv causou sete mortos e vários feridos, incluindo crianças. A correspondente da SIC, Iryna Shev, esteve no hospital pediátrico, onde conheceu Illya, um menino que foi hospitalizado e que perdeu o pai no ataque.
O pai de Illya não resistiu aos ferimentos provocados pelo ataque russo. Seguia com o filho no carro, no centro da cidade, no momento do impacto.
Illya ainda não sabe sobre a morte do pai e, à SIC, a mãe conta que quando está com o filho tenta conter as lágrimas. Mas Illya não é filho único, tem mais três irmãos pequenos.
“Isto é muito assustador. O facto de ser inesperado é uma coisa, mas era um dia de folga, era um dia de celebração, as pessoas vinham da igreja. (...) E atacar o centro da cidade é simplesmente… não é um ato humano”, conta Svetlana, amiga de família que está a acompanhar Illya no hospital.
O ataque levou 19 pessoas a este hospital pediátrico de Chernihiv. Cinco crianças foram operadas de urgência. Uma sexta, Sofia, uma menina de seis anos, acabou por morrer.
O hospital não assistia a nada assim desde os primeiros meses da invasão em larga escala.
“Nessa altura também havia muito sangue, muitos gritos. É difícil recordar. Mas temos que viver e trabalhar nessas condições”, conta Tatiana, diretora do hospital.