O Presidente russo, Vladimir Putin, pediu, nesta segunda-feira, o reforço das medidas de segurança na ponte da Crimeia, infraestrutura estratégica danificada pela segunda vez por um ataque ucraniano, e prometeu uma "resposta apropriada".
"Como este é o segundo ataque terrorista na ponte da Crimeia, aguardo propostas concretas para melhorar a segurança desta importante e estratégica infraestrutura de transporte", disse Putin, durante uma reunião governamental que foi transmitida pela televisão estatal.
De acordo com a versão que Putin apresentou nessa reunião, uma menina foi ferida e os seus pais morreram neste ataque, realizado pelos ucranianos nesta ponte que liga a Rússia à Crimeia, uma península anexada pela Rússia em 2014."
O ataque da madrugada desta segunda-feira fez desaparecer uma parte dos 19 quilómetros da ponte de Kerch e atingiu um carro onde seguia uma família russa. De acordo com o governador da Crimeia, nomeado pelo Kremlin, os pais morreram e a filha de 14 anos ficou ferida.
A ponte, inaugurada há 5 anos, é considerada uma infra estrutura vital para a península anexada por Moscovo em 2014. Além de ter uma importância simbólica, é a única ligação rodoviária e ferroviária entre a Rússia e a Crimeia e uma rota de abastecimento das forças russas na Ucrânia.
Numa reunião do conselho de segurança da Rússia, Vladimir Putin classificou o ataque como terrorista e prometeu uma resposta.
Moscovo responsabiliza Kiev e os seus aliados pelo segundo ataque à ponte em menos de um ano, enquanto reitera que no terreno militar a contraofensiva ucraniana está a fracassar.
Mais de 500 dias depois do início da invasão, o fim da guerra parece ainda longínquo, mas mesmo nas áreas mais destruídas, há quem se recuse a sair.