Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia na NATO? O que dizem os Estados-membros e o que (ainda) é preciso garantir

Germano Almeida, comentador da SIC, analisa o primeiro dia da cimeira de Vilnius e a entrada da Suécia para a NATO. Aponta ainda para a entrada de Kiev na Organização do Tratado do Atlântico Norte e o que ainda é preciso para isso acontecer.

Germano Almeida

SIC Notícias

Germano Almeida, comentador da SIC, considera que era "irrealista" a Ucrânia sair da cimeira em Vilnius, na Lituânia, "já certa na NATO". No entanto, defende que é "justo" dizer que houve passos em frente, apesar de ainda haver diferenças nas posições de estados-membros.

Na Edição da Manhã, esclarece as linhas gerais do primeiro dia de cimeira da Aliança Atlântica em Vilnius.

"A Ucrânia deverá entrar na NATO, mas há alguma diferença da posição, por exemplo, do próprio secretário-geral, dos EUA, da França, da Alemanha, que consideram que é preciso dar passos. E depois há os Bálticos, o próprio Reino Unido, alguns países do flanco leste, como a Polónia e a Roménia. Para esses países a Ucrânia entrava o mais rápido possível porque há uma maior segurança para todos perante a ameaça global", refere.

O comentador da SIC considera que era "irrealista" o Presidente da Ucrânia achar que Kiev ia sair da cimeira "já certo" na NATO.

"Não teve tudo o que queria (...), mas é justo dizer que houve passos em frente".

No primeiro dia da cimeira, o secretário-geral da NATO anunciou que o convite para a Ucrânia aderir à NATO será feito "quando houver concordância" de todos os Estados-membros e "as condições estiverem reunidas", e que nunca houve um calendário.

Mas o que ainda é preciso para a adesão da Ucrânia à NATO? É necessário "mais apoio a nível de armamento", perceber como "garantir que a Rússia não volte a ser agressora" e ainda a "questão da reconstrução".

"É importante explicar que não é a NATO que dá apoio militar à Ucrânia, são os estados-membros e isso já está a acontecer de forma muito evidente", diz.

Na Edição da Manhã, o comentador da SIC salienta ainda que foi um "passo em frente" França ter "verbalizado" que vai dar mísseis de longo alcance à Ucrânia.

A cimeira da Aliança Atlântica em Vilnius, na Lituânia, termina esta quarta-feira com a participação do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e a primeira reunião do novo Conselho NATO-Ucrânia.

Suécia na NATO

Sobre a adesão da Suécia à NATO, após a luz verde da Turquia, Germano Almeida explica que é um país com "boa indústria de defesa", "bom historial de cooperação militar", "excelente força aérea". Acrescenta ainda que vai dar um "bom apoio militar", até porque "para a sua dimensão, está muito bem equipado".

Além disso, a "geografia da NATO muda": há um “alargamento de dimensão” e a Rússia "deixa de ter acesso ao Mar Báltico".

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