Guerra Rússia-Ucrânia

Grupo Wagner: Letónia e Lituânia pedem reforço de segurança à NATO

Deslocação do grupo paramilitar, liderado por Prigozhin, para a Bielorrússia, depois de uma rebelião interrompida na Rússia, levou Países Bálticos a apelar a um aumento da vigilância nas fronteiras.

SIC Notícias

Os governos da Letónia e da Lituânia, que partilham fronteiras com a Bielorrússia, instaram a NATO a reforçar a segurança e a vigilância na região devido à deslocação do grupo Wagner para aquele país, depois de uma tentativa de rebelião na Rússia.

“Esta deslocação precisa de ser avaliada de um ponto de vista diferente no que diz respeito à segurança. Já testemunhámos as capacidades daqueles mercenários”, alertou Edgars Rinkevics, ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia.

O governante destacou a rapidez com que o grupo Wagner avançou em direção a Moscovo e que isso deverá levar a NATO a aumentar as defesas dos Países Bálticos (dos quais também faz parte a Estónia, sem fronteira com a Bielorrússia).

“As nossas fronteiras ficam a apenas algumas centenas de quilómetros de toda essa atividade. Demorariam oito a dez horas para aparecerem, de repente, algures na Bielorrússia, muito perto da Lituânia”, reforçou Gabrielius Landsbergis, ministro dos Negócios Estrangeiros lituano, referindo como este cenário "está a criar um ambiente mais volátil e imprevisível para a região.

O aviso dos governos dos dois países surgiu esta terça-feira, dia em que a Bielorrússia confirmou que Prigozhin, líder do grupo Wagner, já se encontra no seu território, como parte de um entendimento com a Rússia para travar uma rebelião.

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