Guerra Rússia-Ucrânia

"Europa e EUA continuam a contribuir para a guerra": Lula quer G20 para negociar paz na Ucrânia

Luiz Inacio Lula da Silva, que concluiu uma visita aos EAU depois de ter estado na China, reafirmou as acusações aos Estados Unidos da América (EUA) e à União Europeia (UE) de prolongarem a guerra.

SIC Notícias

Lusa

O Presidente brasileiro propôs este domingo uma mediação conjunta com China e Emirados Árabes Unidos (EAU) na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, uma questão que disse ter discutido em Pequim e em Abu Dhabi.

Luiz Inacio Lula da Silva, que concluiu uma visita aos EAU depois de ter estado na China, também reafirmou as acusações aos Estados Unidos da América (EUA) e à União Europeia (UE) de prolongarem a guerra.

A guerra foi provocada por "decisões tomadas por dois países", Rússia e Ucrânia, disse Lula da Silva na conferência de imprensa em Abu Dhabi que encerrou a visita aos EAU, citado pela agência francesa AFP.

Lula da Silva disse esperar que China, EAU e outros países se juntem num "G20 político" para tentar pôr fim à guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

"O Presidente Putin não está a tomar qualquer iniciativa para parar a guerra; [o Presidente Volodymyr] Zelensky da Ucrânia não está a tomar qualquer iniciativa para parar a guerra", disse o líder brasileiro, através de um tradutor oficial.

"A Europa e os EUA continuam a contribuir para a continuação da guerra. Portanto, têm de se sentar à volta da mesa e dizer: 'basta'", afirmou.

Na China, o Presidente brasileiro tinha acusado Washington de "encorajar a guerra" na Ucrânia.

Lula da Silva disse ter sugerido aos presidentes dos EAU, Mohammed bin Zayed Al-Nahyane, e da China, Xi Jinping, a criação de um grupo de países que teriam a missão de mediar.

"O G20 [foi] formado para salvar a economia [mundial], que estava em crise", disse.

"Agora, é importante criar outro tipo de G20 para pôr fim a esta guerra e estabelecer a paz. Esta é a minha intenção e penso que vamos ser bem-sucedidos", afirmou.

Lula da Silva disse ainda que já tinha discutido a iniciativa com o Presidente dos EUA, Joe Biden, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o Presidente francês, Emmanuel Macron, e os líderes dos países sul-americanos.

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