Foi no dia 23 de setembro de 2022 que, durante a madrugada, os serviços geológicos de vários países escandinavos registaram um sismo de baixa intensidade perto de uma ilha dinamarquesa situada em pleno mar báltico. Mais ou menos na mesma altura, a Alemanha registou uma dramática perda de pressão na terminação de um dos gasodutos Nord Stream desativados.
Horas depois, um caça da Força Aérea dinamarquesa, observou de forma direta no mar báltico a saída do gás que permanecia dentro do gasoduto e fez avisos à navegação para que evitasse a área por razões de segurança.
A cadeia insólita de acontecimentos registou um estranho desenvolvimento quando, 17 horas mais tarde, uma nova atividade sísmica foi registado perto do local, mas agora na zona económica exclusiva da Suécia.
Em menos de 24 horas, pelo menos quatro detonações, destruíram parte dos gasodutos: o Nord Stream 1, que tinha reduzido progressivamente o fornecimento até à interrupção definitiva há um mês e o Nord Stream 2 que nunca tinha chegado a entrar em funcionamento, apesar de estar concluída desde setembro de 2021.
Nos dias posteriores às explosões, as autoridades da Suécia, Dinamarca e Alemanha anunciaram a abertura de processos de averiguações e mantiveram a Rússia de fora.