Guerra Rússia-Ucrânia

Lavrov diz que tensão com Ocidente já é “quase uma guerra real”

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirma que Moscovo é "a favor de uma resolução pacífica” dos conflitos e que os EUA, o Reino Unido e alguns países da Europa incentivaram a Ucrânia a não negociar.

Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
Themba Hadebe

SIC Notícias

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, disse, esta segunda-feira, que a tensão com o Ocidente já é “quase uma guerra real”.

Lavrov afirma que já não se pode definir a tensão como uma “guerra híbrida”, afirmando que esta está mais perto de um verdadeiro conflito, cita a Reuters. A afirmação surge na sequência de vários países terem enviado milhares de milhões de euros de apoio à Ucrânia no conflito contra a Rússia.

Durante a visita à África do Sul, Lavrov deixou ainda um recado à Ucrânia: quanto mais recusarem negociações de paz, pior será.

“Quanto mais eles [os ucranianos] recusarem, mais difícil irá ser para encontrar uma solução”, afirmou o ministro russo.

A Rússia tem vindo a afirmar que está disponível para retomar as negociações de paz com a Ucrânia. No entanto, tanto Kiev como Washington dizem não ver intenções sérias por parte de Moscovo. Afirmam que é uma tentativa para ganhar tempo, após a série de derrotas no terreno.

“Em relação à situação específica entre nós e a Ucrânia, é sabido que nós apoiámos a proposta do lado ucraniano para negociar no início da operação militar especial”, afirma Lavrov, acrescentando que “os americanos, os britânicos e alguns europeus disseram à Ucrânia que era demasiado cedo para negociar” e que, por isso, “o acordo, que estava quase fechado nunca foi revisto pelo regime de Kiev”.

Lavrov sublinha ainda que Moscovo é “a favor de uma resolução pacífica” e que irão “estar sempre prontos para negociar soluções para qualquer conflito”.

“Infelizmente, a maioria dos conflitos lançados pelos nosso companheiros do ocidente não levam a melhorais da situação e isto é algo que o mundo herda”, remata.

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