O Presidente russo, Vladimir Putin, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, falaram esta manhã ao telefone, segundo avançou o porta-voz do governo da Alemanha.
O chanceler alemão pediu a Putin para encontrar, "o mais rapidamente possível", uma solução diplomática para a guerra na Ucrânia e para retirar as tropas russas do território ucraniano.
Scholz condenou ainda os ataques aéreos russos a infraestruturas civis e reafirmou que a Alemanha vai continuar a ajudar a Ucrânia a defender-se.
Já Putin considerou a abordagem alemã e do ocidente à guerra como destrutiva e disse a Scholz que é melhor repensar a posição da Alemanha.
No comunicado divulgado após o encontro, o Kremlin diz que Putin acusa o Ocidente de encorajar a Ucrânia a prolongar a guerra ao enviar armas.
Biden e Putin abertos ao diálogo mas com condições
O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, diz estar pronto para dialogar com Vladimir Putin se o homologo russo demonstrar vontade em colocar um ponto final à guerra da Ucrânia.
Na reação, Moscovo rejeita a exigência de se retirar da Ucrânia apresentada pelo Presidente norte-americano.
O Presidente norte-americano "disse de facto que só seriam possíveis negociações se Putin abandonasse a Ucrânia", o que Moscovo "obviamente rejeita", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, sublinhando que "a operação militar vai continuar".
Apesar de rejeitar as condições de Biden, Putin "mantém-se aberto a contactos e a negociações, o que é muito importante", assegurou o porta-voz do Kremlin.
No entanto, adiantou Peskov, "continua a ser muito difícil encontrar um denominador comum para possíveis negociações", já que os Estados Unidos não reconhecem a anexação de quatro territórios ucranianos reivindicados por Moscovo em setembro, alertou.
"A forma preferível para alcançar os nossos objetivos é através de meios pacíficos e diplomáticos", sublinhou ainda o porta-voz russo.