O Presidente ucraniano avisa que a Rússia está a planear novos ataques e pede à população que se prepare. A cidade de Kherson é agora a zona mais fustigada pelos militares russos, o que tem obrigado à fuga de milhares de civis.
O desgosto é comum aos civis de Kherson que não veem outra alternativa a não ser a fuga. A cidade voltou ao controlo ucraniano mas, perante os bombardeamentos russos dos últimos dias, aumentam as operações de evacuação.
“Kherson pode tornar-se a segunda Mariupol. Agora precisamos de tirar o maior número possível de pessoas de lá. Não há eletricidade, água e comida. É necessária ajuda. Os hospitais precisam de ajuda, precisam de medicamentos. Precisamos de fazer o máximo que pudermos para que o nosso povo possa ter um lugar quente para ficar e ser abastecido com todas as necessidades”, explicita Viktor Mironov, voluntário na cidade ucraniana.
Os habitantes que ainda restam em Kherson, aguardam ansiosamente, no meio dos escombros, pela ajuda dos voluntários.
“Estamos prontos para assumir qualquer (desafio). Marcamos todos os dias no calendário (até ao fim da ocupação), todos os dias contamos”, conta Liudmyla Antonenko, habitante da região.
Mais a norte, na região de kharkiv, não resta uma casa ilesa numa pequena localidade que foi arrasada por meses de combates junto à linha da frente.
“Havia um sentimento claro de que um pouco mais de tempo e seríamos mortos algures, um de nós desapareceria. Então, bem, esta propriedade…Não sei como é que vamos viver. Faço-me essa pergunta todos os dias. O que devo fazer? Por onde começo?”, revela Ludmila Korniycha, residente local.
O Presidente ucraniano avisa que mais ataques estão por vir em todo o pais.
“Compreendemos que os terroristas estão a planear novos ataques. Sabemos isso, de facto. E enquanto tiverem mísseis, eles, infelizmente, não se vão acalmar”, afirma Volodymyr Zelensky.
Depois da oferta do Papa para mediar conversações de paz entre a Ucrânia e a Rússia, o Kremlin diz agora que agradece mas que a posição de Kiev impossibilita qualquer acordo.
Esta manhã, o porta voz russo negou também que as forças russas estejam a preparar-se para abandonar a central nuclear de Zaporíjia.
Ministro bielorrusso pode ter sido envenenado
Na Bielorrússia, está a ser investigada a causa da morte repentina do ministro dos Negócios Estrangeiros. A imprensa ucraniana admite que o governante tenha sido envenenado.
Vladimir Makei era visto como um dos poucos elos de contacto entre o regime bielorrusso e o Ocidente. Entretanto o Presidente Aleksandr Lukashenko terá aumentado a segurança pessoal e da família.