Num discurso pré-gravado na Conferência Internacional de Segurança de Moscovo, o Presidente russo voltou a dizer que a culpa de a guerra não ter ainda terminado é dos Estados Unidos.
A capital russa voltou a receber a Conferência Internacional de Segurança de Moscovo.
Na décima edição, o evento contou com representantes de mais de 70 países da Ásia, da África e da América Latina.
O Presidente russo, num discurso em vídeo, não demorou a mencionar aquilo que considera o maior perigo para a segurança mundial: a expansão da NATO. Putin acusou o Ocidente de procurar estender-se à região Ásia-Pacífico.
A narrativa de Vladimir Putin é que as novas alianças político-militares são uma forma de Washington manter a hegemonia global.
O líder russo culpa também os Estados Unidos de incendiarem a tensão entre a China e Taiwan, por causa da recente visita à ilha de Nancy Pelosy, a presidente da Câmara dos Representantes norte-americana. Putin compara mesmo este episódio ao apoio que a Casa Branca tem dado à Ucrânia.
O discurso surge na mesma altura em que a China anuncia sanções contra altos funcionários de Taipé e realiza novos exercícios militares à volta de Taiwan, em resposta a uma breve visita à ilha por uma delegação de congressistas norte-americanos que terão marcado a viagem para discutirem com as autoridades de Taiwan temas como alterações climáticas, comércio e segurança da região.
Pequim considera a visita mais uma provocação dos Estados Unidos, já que a China considera Taiwan como parte do seu território e não como uma região soberana e ameaça o uso de força, caso a ilha declare a independência.