Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia: depois da Polónia, Rússia anuncia que vai suspender fornecimento de gás à Bulgária

O corte de gás acontece no mesmo dia em que o Presidente búlgaro tem prevista uma deslocação a Kiev.

A petrolífera estatal russa Gazprom vai suspender o fornecimento de gás à Bulgária a partir de quarta-feira, no mesmo dia em que o primeiro-ministro búlgaro tem previsto um encontro com o Presidente da Ucrânia, em Kiev.

A parte búlgara cumpriu plenamente com as suas obrigações e realizou todos os pagamentos requeridos ao abrigo deste acordo, de forma oportuna, rigorosa e em conformidade com as suas cláusulas”, reagiu a empresa búlgara ao comunicado em que a Gazprom anunciou o corte do fornecimento de gás a partir de quarta-feira, noticia a agência espanhola de notícias, a Efe, citando os meios de comunicação da Bulgária.

A Bulgária junta-se assim à Polónia, que também anunciou que a Rússia interromperá o fornecimento de gás a partir de quarta-feira, perante a recusa em fazer os pagamentos em rublos, como exige a administração da Gazprom, controlada por Moscovo.

O Governo da Bulgária, cujo Presidente tem prevista uma deslocação a Kiev para uma reunião com o seu homólogo ucraniano, garantiu que não há motivo para a população ficar preocupada.

Esse cenário foi discutido em fevereiro e estamos prontos para reagir, há acordos para entregas alternativas, está tudo assegurado”, disse um porta-voz governamental à emissora NOVA, citado pela Efe.

A Bulgária, membro da Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO, na siga inglesa) e da União Europeia, tem laços estreitos e históricos com a Rússia.

O atual governo, dirigido pelo europeísta Kiril Petkov, não pôde enviar material militar à Ucrânia para apoiar o país no seguimento da invasão pela Rússia porque o Partido Socialista, herdeiro do antigo Partido Comunista e próximo da Rússia, ameaçou abandonar a coligação que sustenta o Executivo no poder se as entregas fossem feitas.

No final de março, o Presidente Russo, Vladimir Putin, tinha afirmado que os clientes estrangeiros da Gazprom, “hostis à Federação Russa”, deveriam pagar o gás importado em rublos, mas a maioria dos países da União Europeia, incluindo a Polónia e a Alemanha, não aceitou essa exigência.

CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA

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