As companhias japonesas Sony e Nintendo confirmaram esta quinta-feira a suspensão do envio de videojogos e consolas para a Rússia, bem como os serviços das suas lojas online naquele país, após a invasão da Ucrânia.
— PlayStation (@PlayStation) March 9, 2022
“A Sony Interactive Entertainment (SIE) une-se à comunidade global para pedir paz na Ucrânia. Suspendemos todos os nossos envios de software e hardware, o lançamento do [videojogo] Gran Turismo 7 e as operações da [loja online] PlayStation Store na Rússia”, escreveu a divisão de videojogos da empresa na rede social Twitter.
Por seu lado, um porta-voz da Nintendo confirmou à agência de notícias Efe que, embora “os stocks que estão atualmente armazenados estejam a ser vendidos, as exportações serão suspensas”.
A empresa, que há dias suspendeu as suas vendas na loja online [Nintendo eShop] devido à impossibilidade de processar pagamentos em rublos, tomou a decisão sobre os envios “devido a essa situação que dificulta a logística”.
Horas antes, a Nintendo também anunciou nas suas redes sociais o adiamento para uma data não especificada do lançamento do videojogo “Advance Wars 1+2: Re-Boot Camp”, “devido à recente situação internacional”, numa aparente referência velada à invasão russa. A compilação de jogos táticos com temas belicistas estava programada para chegar às lojas em 8 de abril.
Tendo em consideração a atual situação internacional, tomámos a decisão de adiar o lançamento de Advance Wars 1+2: Re-Boot Camp para a Nintendo Switch, inicialmente previsto para 8 de abril. Mantenham-se atentos a informações sobre a nova data de lançamento.
— Nintendo Portugal (@NintendoPT) March 9, 2022
A Sony e a Nintendo são as mais recentes de uma série de empresas que suspenderam as suas exportações e vendas ou paralisaram a sua produção na Rússia.
Outras empresas do setor de lazer fizeram o mesmo, nomeadamente a Xbox [Microsoft], EA, Activision Blizzard, Epic Games, Take-Two ou Ubisoft que, em alguns casos, também alargaram a medida à Bielorrússia.
Entre outras empresas japonesas que alteraram ou interromperam a sua atividade na Rússia como resultado do conflito estão também a empresa tecnológica Panasonic, as empresas de máquinas de construção Komatsu e Hitachi Construction Machinery, ou as companhias de automóveis Toyota, Nissan ou Yamaha.
Com LUSA.