Debaixo de bombardeamentos constantes há nove dias, a população de Mariupol é uma das cidades mais afetadas pela guerra, avança a Cruz Vermelha. Os que ainda resistem, veem-se forçados a sair dos abrigos para procurar água, alimentos e também para enterrar os mortos. Estão sem eletricidade e sem gás.
Nota: as imagens podem impressionar.
Durante a noite, as temperatura chegam aos 9 graus negativos. Durante o dia, a população vê-se forçada a recorrer a velhos poços de água para sobreviver. Quem resiste, enfrenta condições difíceis de imaginar para uma cidade que em quase meio milhão de habitantes.
As pequenas aldeias dos arredores de Mariupol também não são poupadas: a pouco mais de 20 quilómetros a leste da cidade veem-se casas destruídas. Os cidadãos ucranianos, que têm o russo como primeira língua, foram apanhados pelo avanço das tropas russas em apoio à região separatista de Donetsk.
Nos últimos nove dias terão morrido cerca de 1.200 pessoas – seja vítimas diretas dos bombardeamentos, seja de outas causas associadas à falta de condições para a sobrevivência. Muitos dos corpos são recolhidos nas ruas e enterrado em valas comuns durante os momentos de acalmia nos combates.
Os ataques a zonas residenciais, comerciais e portuárias da cidade de Mariupol deixam um rasto de destruição.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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