Guerra Rússia-Ucrânia

Corredores humanitários: Ucrânia diz que proposta de Moscovo é “imoral”

Kiev recusa retirada de civis das cidades bombardeadas para a Rússia ou Bielorrússia.

Depois de um fim de semana de tentativas falhadas para a abertura de corredores humanitários, Moscovo garante que os civis vão poder sair em segurança através de seis rotas, mas define a Rússia e a Bielorrússia como principais destinos. Kiev diz que a proposta é “imoral” e acusa a Rússia de tentar manipular os líderes mundiais com corredores humanitários.

Dos seis corredores humanitários propostos pela federação russa, quatro têm como o destino o país invasor.

Um a sair de Kharkiv, a nordeste, em direção à Rússia, outro da capital, Kiev, que vai dar à Bielorússia, país aliado de Moscovo.

Ainda mais dois a saírem de Sumy e Mariupol, com destino ao território russo ou então para outras cidades ucranianas da linha da frente.

A Ucrânia rejeita a proposta russa e diz que a é “imoral” por limitar os destinos de fuga dos ucranianos. Numa altura em que mais de um 1,5 milhões de pessoas deixaram o país para fugir à guerra.

Kiev também acusa Moscovo de usar os corredores humanitários para manipular os líderes mundiais.

O ministro da Defesa russo terá dito que a decisão de criar estes corredores surgiu como uma espécie de concessão a um pedido de Emmanuel Macron, mas o gabinete do Presidente francês já veio desmentir a informação.

A Rússia garante que os soldados, os veículos blindados e as aeronaves vão suspender os bombardeamentos para permitir a passagem de civis, mas pesa a memória das operações falhadas durante o fim de semana.

O cessar-fogo não se cumpriu e as bombas continuaram a cair, numa guerra que se estende em trocas de acusações.

Moscovo já veio rejeitar as acusações do Presidente da Ucrânia, responsabilizando os nacionalistas ucranianos pela quebra de confiança na retirada de civis das cidades mais afectadas pela guerra.

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