Guerra Rússia-Ucrânia

Conselho da Europa condena ataque militar russo

A secretária-geral considera ataque uma “hora escura para a Europa” e apelou a Moscovo para uma “cessação imediata e incondicional das hostilidades”.

A secretária-geral do Conselho da Europa, Marija Pejčinović Burić, condenou esta quinta-feira o “ataque militar” russo contra território ucraniano, que denunciou como uma “flagrante violação” do estatuto da organização pan-europeia, a que pertencem Rússia e Ucrânia.

“Juntamente com o Comité de Ministros e a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, tomaremos medidas rápidas para responder à situação atual”, disse a diplomata croata, citada pela agência francesa AFP.

O “ataque militar russo contra a Ucrânia constitui uma “flagrante violação do Estatuto do Conselho da Europa e da Convenção Europeia dos Direitos do Homem”, disse a secretária-geral da organização com sede na cidade francesa de Estrasburgo.

A Rússia lançou esta quinta-feira uma operação militar na Ucrânia, que o Presidente Vladimir Putin disse visar proteger civis russos nos territórios de Donetsk e Lugansk, no leste ucraniano, cuja independência reconheceu na segunda-feira.

Marija Pejčinović Burić disse que o ataque russo significa uma “hora escura para a Europa” e apelou a Moscovo para uma “cessação imediata e incondicional das hostilidades”.

Pediu também às autoridades russas um “regresso à diplomacia para restaurar a paz e evitar mais consequências devastadoras para todo o continente”.

“A proteção das vidas civis deve continuar a ser uma prioridade”, disse Burić.

“Os meus pensamentos estão com a Ucrânia, o seu povo e as suas autoridades”, acrescentou.

Criado em 1949, o Conselho da Europa reúne 47 Estados-membros, incluindo Portugal.

Em 2014, o Conselho da Europa impôs sanções à Rússia após a anexação do terrário ucraniano da Crimeia e privou Moscovo dos seus direitos de voto na Assembleia Parlamentar da organização.

Em retaliação, a Rússia boicotou as sessões da assembleia e suspendeu a sua contribuição para o orçamento do Conselho, ameaçando assim a sua sobrevivência.

Após cinco anos de crise, a disputa foi resolvida e a delegação russa regressou à Assembleia Parlamentar, com o Presidente francês, Emmanuel Macron, em particular, a fazer numerosos gestos de apaziguamento para com Vladimir Putin, segundo a AFP.

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