Guerra no Médio Oriente

Nuno Melo diz que Governo é plural e que Montenegro foi informado da posição do CDS-PP sobre Palestina

No fim de semana, o CDS-PP disse discordar da decisão do Governo de reconhecer o Estado da Palestina, considerando que não é "oportuno, nem consequente" e só deveria acontecer no "quadro de um processo institucional de paz".

SIC Notícias

O ministro da Defesa e presidente do CDS-PP rejeitou esta terça-feira marcas na relação dos centristas com o Governo devido ao reconhecimento da Palestina, garantindo que o primeiro-ministro foi informado da posição do partido e sublinhando a pluralidade do executivo.

Questionado sobre se a discordância com o executivo manifestada pelo CDS-PP em relação à decisão de Portugal de reconhecer o Estado da Palestina deixaria marcas na relação entre os parceiros de coligação, Nuno Melo destacou que o Governo é um "espaço de democracia plural" onde os ministros manifestam diferentes opiniões.

"Tudo aquilo que foi manifestado, foi manifestado com o conhecimento prévio do primeiro-ministro, com o conhecimento do teor de tudo aquilo que é uma opinião, que é legítima, e não tenho sinceramente mais nada a acrescentar", respondeu Nuno Melo aos jornalistas a bordo do navio "Ocean Protector" a Agência Europeia do Controlo das Pescas (EFCA), atracado em Tróia, distrito de Setúbal.

Este sábado, o CDS-PP disse discordar da decisão do Governo de reconhecer o Estado da Palestina, considerando que não é "oportuno, nem consequente" e só deveria acontecer no "quadro de um processo institucional de paz".

"O CDS-PP é favorável, desde sempre, à solução dos dois Estados, mas considera que, no presente momento do conflito, a efetivação do reconhecimento não é oportuna, nem consequente", lê-se num comunicado divulgado pelo partido que integra o Governo em coligação com o PSD.

Sobre um eventual reforço da presença das forças armadas portuguesas no leste europeu no âmbito da missão "Sentinela de Leste" da NATO, o ministro da Defesa reiterou a solidariedade de Portugal com os aliados, frisando que as decisões serão tomadas "em linha com o que é decidido para a defesa da democracia e da liberdade".

"Nós estamos no lado certo da história. Decisões de natureza mais operacional, digamos, a seu tempo, todas são pesadas, serão comunicadas", acrescentou.

Com Lusa

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