Há famílias inteiras mortas na mais recente incursão militar na maior cidade do enclave palestiniano. A garantia é dos residentes que há meses tentam escapar aos intensos bombardeamentos. Só esta quinta-feira, as autoridades locais avançam que os ataques israelitas provocaram cerca de 30 mortos.
No ataque que devastou um edifício, uma palestiniana perdeu o genro, a filha grávida de sete meses e dois dos três netos. É mais um relato impressionante sobre a violência da ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
A incursão israelita na cidade de Gaza, que o Governo de Benjamin Netanyahu considera o último bastião do Hamas, está a ser acompanhada por forte contestação interna e global.
“Os palestinianos estão a viver uma forma de Apartheid muito pior do que o que alguma vez vivemos”, diz Mandla Mandela, neto de Nelson Mandela.
O neto do homem que liderou a luta contra o sistema de segregação social na África do Sul prepara-se para se juntar, a partir da Tunisina, à frota humanitária que vai tentar quebrar por via marítima o cerco à Faixa de Gaza.
Familiares dos reféns exigem fim de ofensiva
A contestação, que também alastrou parte da opinião publica israelita, há muito tomou conta dos familiares dos reféns. Esta quarta-feira, familiares das vitimas do massacre de 7 de outubro voltaram a juntar-se em Jerusalém para nova manifestação. Querem que o Governo israelita aceite o acordo que já foi aprovado pelo Hamas.
O documento prevê um cessar-fogo inicial de dois meses e a entrega faseada de cerca de metade dos reféns. Netanyahu não aceita e exige a libertação de todas as vitimas e a derrota total do grupo que há quase 2 anos voltou a incendiar o Médio Oriente.