A entrevista concedida à Sky News foi dada de modo a preservar o anonimato do militar, que teme vir a ser julgado por traição em Israel.
Apesar do risco, o reservista, que já cumpriu três comissões em Gaza, diz que não poderia deixar de denunciar o que considera como profundamente errado na ofensiva das forças israelitas no território palestiniano. O militar diz esperar que esta denúncia possa levar a uma mudança de comportamento.
Estas revelações surgem pouco mais de uma semana depois do jornal israelita Haaretz ter publicado uma investigação jornalística sobre a morte de civis palestinianos junto aos centros de ajuda humanitária.
De acordo com os oficiais e soldados entrevistados, os militares em Gaza têm frequentemente ordens para disparar sobre civis desarmados, mesmo quando estes não constituem qualquer ameaça, sob o pretexto de que é necessário controlar o fluxo de pessoas que tenta aceder aos locais de distribuição de alimentos.
Confrontado com estas denúncias, a que se juntam muitas outras de agências humanitárias, o primeiro-ministro israelita classifica-as como difamações antissemitas.