Sem ataques nas últimas horas, Israel e o Irão estão a respeitar o cessar-fogo. Os Estados Unidos e o Irão podem voltar às negociações sobre o programa nuclear iraniano. O enviado especial de Trump para o Médio Oriente está confiante num acordo de paz.
"Os Estados Unidos querem e adotam uma atitude que é a de quem está a tomar conta do assunto. Nós ouvimos Trump ontem ralhar com as duas partes como se fossem uns miúdos mal comportados que ele quer pôr na ordem e agora aparece a obrigar um desses meninos, no caso o Irão, a entrar em acordo sobre o programa nuclear", refere Pedro Cordeiro.
"É bom recordar que havia um acordo e que vigorou entre 2015 e 2018, em que o Irã aceitava inspeções internacionais aos seus locais de produção de energia nuclear a troco do levantamento de sanções a que estava sujeito. Foi Donald Trump em 2018 que dinamitou esse acordo, mandou-o para o lixo. Entretanto, claro está que desde então até agora teve proliferação nuclear no Irão", acrescenta o editor de Internacional do Expresso.
Os aliados da NATO reúnem-se em cimeira em Haia, nos Países Baixos. Em discussão, está sobretudo o gasto de cinco por cento do PIB em defesa e as guerras no Médio Oriente e na Ucrânia.
"A Ucrânia está fora dos radares nesta altura. Para além da questão do financiamento, aquilo que se fala na Cimeira da Nato em Haia é essencialmente agora do cessar-fogo, mas da 'guerra dos 12 dias' e do impacto dessa guerra", explica Ricardo Alexandre.
"Todos cantam vitória quando todos perderam, todos saem derrotados", sublinha o comentador da SIC e jornalista da TSF.