É uma proteção espantosa mas não é infalível. A Cúpula de Ferro foi colocada à prova nas últimas duas semanas.
Os israelitas perceberam ao longo das últimas semanas que a Cúpula de Ferro que os protege nem sempre o faz. Os mísseis hipersónicos que voam cinco vezes à velocidade do som rasgaram as defesas de Israel como se nem sequer lá estivessem.
Terão sido até agora, em Israel, cerca de 30 os mortos, à volta de 900 feridos e quase 800 pessoas ficaram sem casa.
O sistema antimíssil que os defende é um dos mais eficaz do mundo, mas os próprios israelitas sabem que tem falhas e que não é 100% confiável.
A cúpula de ferro é composta de vários sistemas diferentes que são ativados consoante as necessidades. Tem sistemas para mísseis de longo alcance, de médio alcance e tem usado com sucesso um sistema a laser que consegue abater 'rockets' ou drones com um custo quase simbólico à volta dos cinco euros.
Os israelitas filmaram já por algumas vezes os clarões no céu quando o laser está ativo e a trabalhar.
Apesar de sofisticada, nem sempre a defesa de Israel funciona.
Os ataques principalmente com 'rockets' do Hamas há dois anos e do Hezbollah o ano passado foram preciosos para Teerão. Mostraram que a Cúpula de Ferro instala em várias das maiores cidades israelitas pode ser muito eficaz mas não aguenta tudo se o ataque for devastador.
À medida que a guerra prossegue, Israel está a consumir os seus interceptores mais rapidamente do que os produz.
Há uma preocupação crescente no seio do sistema de segurança sobre a possibilidade de o país ficar sem reservas antes de o Irão esvaziar o seu arsenal de mísseis balísticos.