O atual regime iraniano nasceu com a Revolução Islâmica de 1979. Os Ayatollahs mudaram profundamente a estrutura de poder no país e os líderes religiosos, chamados Líderes Supremos, concentram toda a autoridade.
O atual regime iraniano nasceu com a Revolução Islâmica de 1979. Os Ayatollahs mudaram profundamente a estrutura de poder no país. Os líderes religiosos, chamados Líderes Supremos, concentram toda a autoridade.
Território de um antigo império, rico em tradição e cultura. O Irão, que foi durante séculos conhecido como Pérsia, sofreu, no início do século XX, uma revolução que transformou o país numa monarquia constitucional, com o parlamento a limitar o poder do monarca, conhecido como Xá.
No entanto, a dinastia Pahlavi restaurou o poder autoritário. Mohammad Reza Pahlavi, aliado dos Estados Unidos e também de Israel, governava como autocrata e promoveu algumas reformas, mas a modernização não foi uniforme.
Ayatollah Khomeini liderou Revolução Islâmica
As desigualdades, a repressão política e a resistência religiosa à influência ocidental levaram à revolução de 1979, liderada pelo religioso Ayatollah Khomeini, exilado em França e com enorme apoio popular.
Com o país paralisado por protestos e greves, o Xá fugiu e Khomeini regressou. Nascia o regime dos Ayatollahs, uma república islâmica xiita onde os líderes religiosos, chamados Ayatollahs, controlam o país.
O Líder Supremo, sempre um Ayatollah, manda mais do que o Presidente ou o parlamento. As leis seguem a religião islâmica e a religião manda na Justiça, na educação e até na cultura. Quem critica o governo é punido.
Os Ayatollahs romperam todas as relações com Israel, até então aliado, passando a considerá-lo um regime ilegítimo e inimigo do Islão e começaram a apoiar grupos armados, como o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, na Palestina.
Depois da morte de Khomeini, em 1989, Ayatollah Khamenei tornou-se o Líder Supremo e está no poder até aos dias de hoje.